Textos

Aqui você vosê poderá ler alguns artigos relacionados com o uso da informática na Educação Infantil.


O trabalho com informática na Educação Infantil
Estudos desenvolvidos nas escolas que possuem informática na educação infantil apontaram que crianças que a utilizam de forma adequada e material correto apresentam no futuro um raciocínio mais aprimorado.

Ainda hoje percebemos certa resistência por parte dos educadores com relação a utilização da informática na educação infantil.

As tarefas desenvolvidas nas aulas de informática na educação infantil devem ser obrigadas a respeitar a faixa etária, a coordenação motora, visual, auditiva, linguagem e aplicações lógicas. Também deve ser avaliado o desenvolvimento da criança nos aspectos social, neurológico, psicológico e psicomotor.

É importante que o educador fale com as crianças que o risco de exposição dos olhos na tela é o mesmo da televisão, videogame e similares. Outro ponto importante é mostrar que a criança não é avaliada se fez certo ou errado, mas sim o que consegue fazer na atividade proposta.

Deve-se ter certos cuidados com a escolha do material a ser trabalhando. O uso do computador, segundo os autores, não “queima” etapas de desenvolvimento, como pensam alguns pedagogos.

É necessário aplicar a prática-teoria correta de acordo com o grupo ou indivíduo, sendo que se torna necessário a criação de um material personalizado para a realidade do ambiente.

O trabalho com informática deve dispor de softwares adequados e que ensinam de forma lúdica.

O uso do computador na educação infantil contribui para formar um indivíduo participante e questionador, este indivíduo será aquele que só aceitará uma regra ou uma fórmula após conhecer seus fundamentos.

Os softwares utilizados nessa fase devem trabalhar com jogos de conteúdo educativo. Os autores destacam também que o uso da música nas aulas de informática promove sensação de equilíbrio e desenvolvimento.

http://www.rieoei.org/deloslectores/518Napolitano.pdf

INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: perspectivas e possibilidades


A autora começa o artigo dizendo que, tradicionalmente os computadores eram vistos como substitutos do professor.

Existem vários usos da tecnologia na educação.

1º - Uso da tecnologia como fim => A tecnologia é vista como um fim e o aluno entra em contato com ela para a entender e dominar (cursos de nível médio – técnicos e superior)

2º - Uso da tecnologia como ferramenta => O computador é utilizado como mais uma ferramenta dentre outras (lápis, borracha, papel, impressora.... Professores e alunos fazem do uso da tecnologia como apoio aos seus trabalhos.

3º - Tecnologia como meio => nele existem duas vertentes

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O aprender da tecnologia
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O aprender com a tecnologia

Aprender da tecnologia => o conhecimento é visto como algo a ser transmitido, é externo ao sujeito e acabado.


Aprender com a tecnologia => o aluno é sujeito ativo e para que exista aprendizagem é necessário o pensar e a reflexão do aluno. Os elementos do processo (professor, tecnologia, ambiente, entre outros) dão suporte ao processo de aprendizagem, oferecendo condições para que o mesmo aconteça, mas o aluno é o principal agente do processo. O papel do professor e da tecnologia no processo de aprendizagem é indireto.

A aprendizagem com a tecnologia se baseia nas teorias construtivistas, nos quais o conhecimento é construído e não transmitido. A aprendizagem construtivista permite aos alunos aprender a reconhecer e resolver problemas, compreender novos fenômenos, definir e regular seu próprio processo de aprendizagem. Nesta abordagem, professor e tecnologia são mediadores do processo.

As tecnologias aplicadas à educação devem ser ferramentas que permitam aos alunos construir significados e representações próprias do mundo.

Não há dúvidas que o computador auxilia no processo ensino-aprendizagem, o que não é possível afirmar é que o uso da informática implica numa “real” melhoria de aprendizagem.

Para criar um ambiente de aprendizagem centrado no aluno como agente ativo é necessário considerar que o ambiente não apresenta apenas situações de aprendizagem, mas também permite ao aluno criar novas situações.

As escolas devem fazer da tecnologia uma parceira, tanto do aluno como do professor no processo ensino-aprendizagem, se ela pretende melhorar a qualidade de ensino.

http://edu3051.pbworks.com/f/Infoedu-infantil-cap.pdf


PARA REFLEXAO SELECIONAMOS O TEXTO "JOÃOZINHO DA MARÉ".


http://ucsnews.ucs.br/ccha/deps/cbvalent/teorias014/restrito/joaozinho.html



TEXTO FINAL

Um dos maiores “burburinhos” no meio educacional é como proceder com a Informática na Educação Infantil. Alguns radicalmente contra, outros totalmente a favor e alguns nem contra nem a favor, ou seja, não há unanimidade quanto este uso. Mas um fato é que estes alunos estão vivenciando seu mundo e este mundo tem a Informática como algo fundamental na existência. E, sem contar, a própria curiosidade dessa faixa etária ao ver os pais, irmão, familiares e etc, trabalhando, se divertindo, comunicando com um PC ou um notebook, e eles querem participar também.
Mas como professores e escola devem proceder com tais máquinas e os pequenos?
Podemos entender que a Educação infantil, ao trabalhar com sujeitos em formação pode utilizar-se de recursos informatizados desde que articulados com uma proposta pedagógica sustentada pelo coletivo escolar. Desta forma, a informática não será vista como vitrine, como mero atrativo para pais e alunos.
Sendo assim, entende-se que a relação entre educação infantil e informática na educação deve seguir um projeto político pedagógico, ancorado na contextualização nos modos de vida de uma determinada região. Neste sentido, a escuta desta realidade, a proposição de atividades deve vir mediada em relação com professor e alunos. Os elementos de atração de um software (cor, movimento, som) não devem ser tratados como fundamentais, mas sim como componentes que irão se acoplar à proposta pedagógica da escola e do professor.




Algumas questões devem ser observadas no trabalho com Software Educativos:
• Como são avaliados e escolhidos os softwares educativos?
• Quais as bases trabalhadas para desenvolver aulas com Softwares Educativos no período da educação Infantil?
• O que faz com que o resultado esperado das aulas de Informática Educativa não seja o que realmente ocorre?
• Será que algumas crianças não gostam do computador ou a proposta desenvolvida não atende as expectativas das crianças junto à prática?

A escolha dos softwares educativos deve seguir os seguintes critérios:
• Escolher um tipo de software educativo adequado a atividade proposta;
• Preservar a necessidade de análise do material e sua avaliação;
• Equacionar teorias educacionais as teorias tecnológicas.

Os temas escolhidos e analisados para o uso devem estar relacionados com o currículo e o programa da disciplina.
Formar profissionais de Educação na área de Informática para atuar nas escolas faz parte, hoje, da agenda do governo, das universidades, das secretarias de Educação, das ONGs e de determinados segmentos do setor privado. Essa formação vem ocorrendo em formas e níveis diferenciados, dentre osquais se destacam: na graduação, na pós-graduação lato e stricto sensu, na capacitação em serviço por meio de atividades presenciais e a distância.




A formação de professor em informática na educação vem ocorrendo, na maioria das vezes, através de cursos de capacitação de um número x de horas, que se desenvolvem na própria instituição de ensino, em universidades e centros de informática. Estes cursos são extremamente importantes e necessários para a implantação da informática na escola, mas nem sempre são suficientes em termos de propiciar mudanças reais no contexto da prática do professor.
Por essa razão a formação do professor em informática na educação precisa ser vista além do espaço/tempo do curso, contemplando nesse processo a dimensão do contexto do dia a dia do professor. Nesse enfoque a preparação do professor envolve muito mais do que ele aprender a lidar com as ferramentas computacionais. O professor também precisa aprender a recontextualizar o uso do computador, integrando-o às suas atividades pedagógicas. Isto significa que o processo de formação deve propiciar ao professor construir novos conhecimentos, relacionar diferentes conteúdos e reconstruir um novo referencial pedagógico.
Entretanto, a grande dificuldade do professor em formação é a reconstrução da sua prática pedagógica, principalmente quando os pressupostos educacionais que orientam o uso do computador se diferem da concepção de ensino e aprendizagem do sistema da escola.
Nessa perspectiva, a questão é como preparar o professor para que ele possa integrar o uso do computador, com os conteúdos curriculares, na sua vivência - na sua realidade. A realidade de uma instituição de ensino se constitui de uma estrutura, uma organização de tempo, espaço, uma grade curricular, que muitas vezes dificulta o desenvolvimento de uma nova prática pedagógica. São as amarras institucionais que refletem nas amarras pessoais. Portanto, não basta o professor querer mudar.


É preciso alimentar a sua vontade de estar construindo algo novo, de estar compartilhando os momentos de dúvidas, questionamentos e incertezas, de estar encorajando o seu processo de reconstrução de uma nova prática. Uma prática reflexiva onde a tecnologia possa ser utilizada no sentido de reverter o processo educativo, que se expressa de forma agonizante na sociedade atual.